Terremoto Myanmar de 7,7 causa destruição e mortes; em Bangkok, Tailândia, arranha-céu desaba e água transborda, gerando pânico.
Epicentro do Terremoto em Myanmar
Um poderoso terremoto Myanmar de magnitude 7,7 abalou o Sudeste Asiático nesta sexta-feira, 28 de março de 2025, às 14h20 no horário local (3h20 em Brasília). O epicentro foi registrado a 16 quilômetros a noroeste de Sagaing, perto de Mandalay, segunda maior cidade do país, a apenas 10 quilômetros de profundidade, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A pouca profundidade intensificou os danos, derrubando construções e pontes em diversas regiões, incluindo a capital Naypyitaw.
A junta militar que governa Myanmar desde o golpe de 2021 declarou estado de emergência em seis áreas, como Sagaing, Mandalay e Naypyitaw. Relatos iniciais apontam ao menos 20 mortes em Naypyitaw, conforme a agência AFP, com a Cruz Vermelha destacando “danos significativos” à infraestrutura, como estradas e hospitais. A situação é agravada pela guerra civil em curso, dificultando operações de resgate e comunicação.
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Impacto do Terremoto na Tailândia
O terremoto na Tailândia foi sentido com força, especialmente em Bangkok, a mais de 1.000 quilômetros do epicentro. Um arranha-céu em construção no Parque Chatuchak desabou, matando pelo menos três pessoas e deixando 81 soterradas, segundo o vice-primeiro-ministro tailandês. Equipes de resgate trabalham intensamente para localizar sobreviventes entre os 320 operários presentes no local.
Além disso, vídeos impressionantes mostram a água de uma piscina no topo de um hotel em Bangkok transbordando em cascata durante os tremores, evidenciando a potência do abalo. O governador Chadchart Sittipunt confirmou as vítimas e alertou para possíveis tremores secundários, enquanto a primeira-ministra Paetongtarn Shinawatra declarou a capital uma zona de emergência, suspendendo serviços de transporte público.
Efeitos em Bangkok e Reação da População
O terremoto em Bangkok gerou cenas de pânico. Prédios no centro da cidade tremeram por mais de um minuto, levando à evacuação em massa de escritórios, lojas e hospitais, como o Rajavithi. Moradores relataram alarmes disparando e correram para as ruas, congestionando o tráfego em uma metrópole de 17 milhões de habitantes. “Tudo começou a se mover, ouvi gritos e vi poeira por toda parte”, relatou Fraser Morton, turista escocês em um shopping.
Imagens capturadas por testemunhas mostram destroços espalhados e equipes de emergência mobilizadas. O desabamento do arranha-céu, identificado como o novo Escritório de Auditoria do Estado, deixou 50 feridos, 40 deles internados, segundo o Instituto Nacional de Medicina de Emergência (NIEM). A interrupção nas telecomunicações e no transporte público, como metrôs e ônibus, complicou ainda mais a resposta inicial.
Danos em Myanmar e Pedido de Ajuda
Em Myanmar, o terremoto Myanmar destruiu parte do Palácio de Mandalay, templos e uma mesquita em Taungoo, onde três pessoas morreram, além de um hotel em Aung Ban, com duas vítimas fatais. “Vi um prédio de cinco andares desabar diante dos meus olhos”, disse uma testemunha à Reuters. Hospitais em Sagaing e Mandalay estão lotados, e a mídia estatal MRTV pediu doações de sangue urgente.
A junta militar fez um raro apelo por ajuda internacional, enquanto a Myanmar Now reportou uma torre de relógio e muros do Palácio de Mandalay em ruínas. A Ava Bridge, uma estrutura histórica, também colapsou, simbolizando a extensão dos prejuízos. A ONU alertou para possíveis danos em represas, o que pode agravar a crise nas próximas horas.
Réplicas e Alerta Regional
Onze minutos após o tremor principal, uma réplica de magnitude 6,4 atingiu a mesma região de Myanmar, seguida por abalos menores, mantendo a população em alerta. O USGS classificou o evento como “grande terremoto”, com potencial para danos sérios devido à magnitude 7,7 e à profundidade rasa. Especialistas como Sheingji Wei, do Observatório da Terra de Cingapura, afirmaram que a Falha de Sagaing, ativa há 200 anos, era um risco conhecido, o que torna o evento previsível, mas não menos devastador.
O terremoto Tailândia também foi sentido em Yunnan, na China, e em partes do Vietnã e Laos, mas sem relatos de vítimas até o momento. A Índia, por meio do primeiro-ministro Narendra Modi, ofereceu assistência a Myanmar e Tailândia, reforçando a solidariedade regional diante da tragédia.
Resposta das Autoridades Tailandesas
Na Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, que estava em Phuket, retornou a Bangkok para coordenar a resposta. Um centro de emergência 24 horas foi ativado, e a bolsa de valores suspendeu negociações. “Peço calma e que evitem prédios altos”, disse a premiê em transmissão ao vivo. O NIEM informou que 20 trabalhadores ficaram presos em um elevador no arranha-céu colapsado, intensificando os esforços de resgate.
O Departamento de Prevenção de Desastres alertou para tremores secundários nas próximas 24 horas, enquanto o Banco da Tailândia monitora o impacto econômico, com o baht caindo 0,4% ante o dólar. Apesar disso, os sistemas financeiros seguem operando, mas o trânsito e a infraestrutura urbana permanecem comprometidos.
Histórico Sísmico na Região
A região entre Myanmar e Tailândia está no Anel de Fogo do Pacífico, responsável por 90% dos terremotos globais. Myanmar registra cerca de 20 tremores anuais significativos, mas este é o maior em um século, superando o de 6,8 em Shan, em 2011, que matou 70 pessoas. Bangkok, embora distante de falhas ativas, já sentiu eventos como o tsunami de 2004, mas nunca com tamanha destruição local.
A Falha de Sagaing, com 215 quilômetros, atravessa três países e é monitorada há décadas. “Sabíamos que um grande terremoto viria”, disse Wei à CNN, destacando a necessidade de preparo. Construções vulneráveis em Myanmar contrastam com a infraestrutura mais robusta de Bangkok, mas o colapso do arranha-céu evidencia falhas na segurança de obras em andamento.
Imagens e Relatos do Terremoto
Vídeos viralizados mostram o momento exato do desabamento em Bangkok, com uma nuvem de poeira engolfando o Parque Chatuchak. Outro registro impressionante é a água transbordando de uma piscina no topo de um arranha-céu, caindo como uma cascata, capturada por hóspedes de um hotel. “Parecia que o prédio ia desmoronar”, disse April Kanichawanakul, funcionária de um escritório no centro da cidade.
Em Myanmar, fotos mostram pagodes budistas em ruínas e pacientes evacuados de hospitais em Naypyitaw. “Ninguém se atreve a voltar para casa”, relatou Htet Naing Oo à Reuters, descrevendo o caos em Mandalay, onde uma casa de chá desabou com pessoas dentro, impossibilitando resgates imediatos devido aos escombros.
Esforços de Resgate e Desafios
As equipes de resgate em Bangkok enfrentam dificuldades para alcançar os 81 soterrados, enquanto o NIEM relata sete sobreviventes resgatados até agora. “Ouvimos pedidos de ajuda, mas o acesso é complicado”, disse Worapat Sukthai, da polícia local. Em Myanmar, a Cruz Vermelha destaca a queda de cabos elétricos como obstáculo, além da falta de acesso a áreas rurais em guerra.
A incerteza sobre o número total de vítimas persiste, com o USGS estimando que as fatalidades podem chegar a milhares em Myanmar, dependendo da densidade populacional afetada. Hospitais em ambas as nações pedem doações de sangue, enquanto voluntários se mobilizam para apoiar os desalojados.
Impacto Econômico e Social
O terremoto na Tailândia interrompeu negócios em Bangkok, com a suspensão da bolsa e o fechamento de lojas. Em Myanmar, a destruição de infraestrutura pública pode agravar a crise humanitária já existente. Especialistas preveem que a recuperação levará meses, com custos na casa dos bilhões, afetando o turismo e o comércio regional.
Socialmente, o evento expôs vulnerabilidades. Em Bangkok, o pânico revelou a necessidade de mais treinamentos de evacuação, enquanto em Myanmar, a guerra civil dificulta a resposta coordenada, deixando comunidades isoladas à mercê de novos abalos.
O Futuro Após o Terremoto
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Entenda como desastres como o terremoto Tailândia impactam tendências econômicas e profissionais.
O terremoto Myanmar de 28 de março de 2025 e seus reflexos na Tailândia deixaram um rastro de destruição e incerteza. De Mandalay a Bangkok, vidas foram perdidas, infraestruturas colapsaram e comunidades agora enfrentam o desafio da reconstrução. Enquanto as autoridades correm contra o tempo para resgatar sobreviventes e avaliar danos, o evento reforça a urgência de preparação sísmica e cooperação internacional em uma região marcada por sua instabilidade tectônica e política.
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