Oscar 2025: Ainda Estou Aqui leva Melhor Filme Internacional e emociona o Brasil, com Fernanda Torres em destaque.
Uma noite inesquecível em Hollywood
O dia 2 de março de 2025 entrou pra história do cinema brasileiro. Na 97ª edição do Oscar, realizada no Dolby Theatre, em Los Angeles, o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou a estatueta de Melhor Filme Internacional – a primeira vitória do Brasil em 97 anos de premiação. O anúncio, feito por Penélope Cruz, foi recebido com gritos e lágrimas no país, transformando o Carnaval numa espécie de Copa do Mundo cinematográfica.
Por outro lado, a noite teve um sabor agridoce. Fernanda Torres, indicada a Melhor Atriz por sua atuação visceral como Eunice Paiva, perdeu para Mikey Madison, de “Anora”, que subiu 3.400% nas buscas do Google Trends. Mesmo assim, o Brasil vibrou: as buscas por “Oscar 2025” dispararam 1.400%, enquanto “Oscar” geral cresceu 1.200%, refletindo o orgulho nacional capturado em tempo real.
A Vitória de ainda estou aqui
Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” narra a luta de Eunice Paiva contra os horrores da ditadura militar (1964-1985) após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva. Walter Salles subiu ao palco visivelmente emocionado, dedicando o prêmio às Fernandas – Torres e Montenegro – e à resistência de Eunice. “Demoramos sete anos pra chegar aqui”, disse ele, ovacionado pela plateia em Hollywood.
Além disso, o filme bateu gigantes como “Emilia Pérez” (França), que perdeu força após polêmicas com Karla Sofía Gascón, e se tornou um marco: o primeiro longa brasileiro a vencer um Oscar. Antes, o país teve cinco indicações, como *Central do Brasil* (1999), mas só agora a estatueta dourada veio. A crítica internacional, como a revista *People*, chamou a vitória de “surpresa”, enquanto a *Time* destacou o feito entre fatos inéditos de 2025.
Fernanda Torres: derrota com glória
Fernanda Torres era uma das favoritas a Melhor Atriz, após vencer o Globo de Ouro na categoria drama. Seu papel como Eunice Paiva, uma mãe que enfrenta a repressão militar com coragem, foi elogiado globalmente. No tapete vermelho, ela brilhou com looks de Phoebe Philo e Chanel, e seu destaque no Instagram da Academia mobilizou 60 mil comentários de brasileiros. Mas, na hora H, Mikey Madison levou a estatueta por “Anora”, um drama que também venceu Melhor Filme.
Por outro lado, Fernanda não se abalou. “Não meço a vida em ganhar ou perder”, declarou em coletiva no dia 4, ao lado de Salles e Selton Mello. Apesar da derrota, sua indicação – a primeira de uma atriz brasileira na categoria – e a dupla nomeação do filme (Melhor Filme e Melhor Filme Internacional) garantiram visibilidade inédita. Buscas por “Fernanda Torres” subiram 450% no Google Trends, provando seu impacto em 2025.
O carnaval e o clima de copa
O Oscar 2025 caiu no meio do Carnaval, que terminou na Quarta-feira de Cinzas (5 de março). A TV Globo, após cinco anos sem transmitir a premiação, voltou ao vivo, trocando desfiles por Hollywood – uma decisão que rendeu audiência recorde no Brasil. Bares no Rio e sambódromos em São Paulo exibiram a cerimônia, com foliões gritando “sem anistia” em eco ao filme. “Clima de Copa em pleno Carnaval”, tuitou o perfil @ZAMENZA.
Além disso, o timing amplificou o buzz. Enquanto escolas como Beija-Flor (+1.950% nas buscas) celebravam enredos de resistência, “Ainda Estou Aqui” trouxe um tom sério à folia. O presidente Lula parabenizou Salles por telefone, e Geraldo Alckmin tuitou: “Um orgulho pra todos os brasileiros”. O filme, ainda em cartaz até 2 de abril (estreia no Globoplay em 6 de abril), já levou 5 milhões aos cinemas e arrecadou R$ 150 milhões mundialmente.
Reações e polêmicas da noite
A cerimônia, apresentada por Conan O’Brien, teve altos e baixos. O humorista fez uma piada sobre “Ainda Estou Aqui”: “Minha esposa viu e disse que adorou a história, queria que acontecesse com ela”. Fernanda Torres riu, mas nas redes sociais brasileiros detonaram o “mau gosto”, acusando desrespeito às vítimas da ditadura. Marcelo Rubens Paiva, autor do livro, chamou o comentário de “sem noção” ao Purepeople.
Por outro lado, o discurso de Salles foi mais contido que o planejado. Ele revelou em coletiva no dia 4 que preparava um texto político – “Ditadura nunca mais” – mas optou por uma fala curta na hora. A vitória também gerou elogios internacionais: a BBC destacou como o filme reabriu debates sobre a Lei da Anistia no STF, enquanto a crítica Flávia Guerra (CNN) notou que as polêmicas de “Emilia Pérez” ajudaram o Brasil a brilhar mais.
Impacto no cinema Brasileiro
A conquista do Oscar 2025 por “Ainda Estou Aqui” é um divisor de águas. Antes, apenas “Orfeu Negro” (1960), coprodução com França e Itália, tinha vencido em português. Agora, um filme 100% brasileiro leva a estatueta, abrindo portas pra novos talentos, como celebraram profissionais ao *O Globo*. Wagner Moura, votante da Academia, confessou ao @HugoGloss: “Não preciso nem dizer em quem votei”.
Além disso, o sucesso – com prêmios prévios no Globo de Ouro, Goya e Veneza – mostra o potencial global do cinema nacional. A exibição no Cine Brasília em 5 de março lotou 470 das 619 poltronas, e o longa segue como fenômeno de público. Em 2025, com o Brasil enfrentando cortes no audiovisual, o Oscar pode ser o empurrão que o setor precisa pra respirar e sonhar mais alto.
O Oscar 2025 colocou o Brasil no mapa do cinema mundial com “Ainda Estou Aqui”. A vitória de Melhor Filme Internacional, a indicação histórica de Fernanda Torres e o buzz que misturou Carnaval com Hollywood transformaram março num mês de glória. Enquanto Mikey Madison brilhou em Melhor Atriz, o país celebrou seu primeiro Oscar, provando que resistência e arte podem andar juntas. Um marco pra 2025 e pro futuro.
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