Greve CPTM 26/03 foi suspensa após conciliação; veja como fica o cptm agora com metrô SP e trem em operação normal hoje.
Decisão de Suspender a Greve da CPTM
Os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram suspender a greve CPTM 26/03 que estava marcada para esta quarta-feira, 26 de março de 2025. A resolução veio após uma assembleia realizada na noite de terça-feira, 25 de março, na sede do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, no Brás, região central de São Paulo. A paralisação, inicialmente planejada para afetar as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, foi cancelada em virtude de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que resultou em um acordo entre o sindicato e a CPTM.
A suspensão da greve da CPTM garante que os trens operem normalmente hoje, aliviando preocupações de mais de 830 mil passageiros diários que dependem dessas linhas. A decisão foi confirmada por Fernando Ricardo Santos, diretor do sindicato, que destacou a manutenção do “estado de greve”, permitindo que os trabalhadores sigam em alerta, mas sem interromper o serviço. Dessa forma, o cptm agora mantém sua operação regular, com todas as linhas funcionando conforme o horário habitual a partir das 4h da manhã.
Motivo da Greve e Plano de Privatização
A greve CPTM sindicato foi motivada por um protesto contra o plano de privatização das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, parte do programa de concessões do governo de São Paulo, liderado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O leilão das linhas, previsto para sexta-feira, 28 de março, na Bolsa de Valores (B3), promete investimentos de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos. O governo defende que a iniciativa trará melhorias como redução dos intervalos entre trens para três minutos, construção de oito novas estações e reforma de 24 existentes, além de extensões nos trajetos das linhas.
Os ferroviários, no entanto, argumentam que a privatização pode precarizar o serviço, aumentar a terceirização e gerar desemprego. A experiência das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, concedidas à ViaMobilidade e marcadas por falhas frequentes, é citada como exemplo. Assim, a greve de trem dia 26 foi planejada como um alerta à população e uma pressão contra o leilão, mas a conciliação mudou os rumos do movimento.
Audiência no TRT e Acordo Firmado
A audiência de conciliação no TRT-2, realizada às 23h de terça-feira, foi decisiva para evitar a greve hoje. O acordo prevê que os trabalhadores usarão roupas pretas nos próximos dias (26 a 28 de março) como forma de protesto simbólico e conversarão com os passageiros sobre os impactos da privatização, mantendo, porém, a operação normal dos trens. Além disso, a CPTM se comprometeu a ativar o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese), disponibilizar funcionários administrativos nas estações e remanejar as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa para suprir eventuais demandas.
Outra conquista do greve CPTM sindicato foi a criação de uma comissão tripartite, com representantes do sindicato, da CPTM e do governo estadual, para acompanhar a transição das linhas ao modelo privado. Uma nova audiência está marcada para esta quarta-feira, 26 de março, às 14h, onde a CPTM apresentará sua posição oficial sobre a comissão. Caso não haja avanços, o estado de greve permite a convocação de uma nova paralisação.
Impacto Evitado nas Linhas da CPTM
A greve CPTM 26/03, se realizada, afetaria diretamente as linhas 11-Coral (540 mil passageiros por dia), 12-Safira (260 mil) e 13-Jade (30 mil), que conectam a região central de São Paulo à zona leste e cidades como Guarulhos, Mogi das Cruzes e Suzano. A paralisação também impactaria o Expresso Aeroporto, que liga a Estação Luz ao Aeroporto de Guarulhos. Com a suspensão, o trem segue operando normalmente, evitando transtornos em 30 estações, incluindo Luz, Brás, Tatuapé, Guaianases e Aeroporto-Guarulhos.
A decisão beneficia não apenas os usuários da CPTM, mas também o metrô SP, que costuma sofrer sobrecarga em dias de greve nos trens. Em paralisações anteriores, como a de 3 de outubro de 2023, o congestionamento em São Paulo ultrapassou 700 km, evidenciando a interdependência entre os sistemas de transporte. Hoje, o funcionamento regular das linhas alivia a pressão sobre o metro e os ônibus municipais.
Apoio dos Metroviários e Protesto na B3
Os metroviários de São Paulo, representados por Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, planejavam apoiar a greve da CPTM com uma semana de luta, incluindo o uso de camisetas sindicais no trabalho. Uma assembleia na noite de terça-feira, 25 de março, foi convocada para organizar essa mobilização, mas, com a suspensão da paralisação, o metro SP também segue em operação normal. Na manhã do mesmo dia, um ato público em frente à B3 reuniu ferroviários, metroviários, estudantes e partidos de esquerda, como o PSOL, com gritos de “Não à privatização” e “Fora Tarcísio”.
O protesto, que começou às 9h, foi pacífico, com presença da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana. Lucas Dametto, ferroviário da CPTM, destacou no ato que a luta vai além dos empregos, buscando um transporte público gratuito e de qualidade. Apesar da suspensão da greve CPTM hoje, o movimento reforça a resistência contra as privatizações, mantendo a pressão sobre o governo estadual.
Reações do Governo e da População
O governo de Tarcísio de Freitas celebrou a suspensão da greve CPTM 26/03, afirmando que o leilão das linhas 11, 12 e 13 segue conforme planejado para sexta-feira, 28 de março. A Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) destaca que três consórcios disputam a concessão, prometendo modernização e eficiência. Por outro lado, a gestão já havia criticado greves anteriores como “políticas” e “abusivas”, estimando prejuízos de R$ 60 milhões ao comércio em paralisações passadas.
Para a população, o alívio é evidente. Usuários como Ana Clara Souza, que depende da Linha 11-Coral para trabalhar, expressaram gratidão pela continuidade do serviço: “Já estava me preparando para o caos, mas agora posso seguir minha rotina.” O cptm agora volta ao foco da normalidade, mas a tensão entre trabalhadores e governo permanece, com o estado de greve como um lembrete de possíveis ações futuras.
Histórico de Greves e Planos de Contingência
A greve CPTM greve planejada para 26 de março não seria a primeira em 2025. Em anos anteriores, como 2023, paralisações conjuntas do Metrô, CPTM e Sabesp contra privatizações causaram transtornos significativos. Na ocasião, o TRT-2 determinou operação mínima de 85% nos horários de pico, sob pena de multas de até R$ 700 mil. A CPTM já utilizou planos de contingência, como deslocar funcionários administrativos para a operação, mas a suspensão atual evita a necessidade dessas medidas.
Em 2023, a greve resultou em operação parcial das linhas 7-Rubi, 11-Coral e 12-Safira, com intervalos maiores. A prefeitura suspendeu o rodízio de veículos e reforçou a frota de ônibus, estratégias que poderiam ser repetidas caso a paralisação ocorresse. Desta vez, a conciliação prévia garantiu que o trem não deixasse de circular, preservando a mobilidade na Grande São Paulo.
Como fica o Transporte em 2025
A suspensão da greve de trem dia 26 não encerra o debate sobre o futuro da CPTM. O governo aposta na privatização como solução para modernizar o sistema, enquanto os sindicatos defendem a manutenção do controle público para evitar a precarização vista em linhas como a 8-Diamante. Especialistas apontam que o sucesso da concessão dependerá da fiscalização rigorosa e do cumprimento das promessas de investimento.
Para os passageiros, o funcionamento normal do metro e da CPTM hoje é um alívio temporário, mas a incerteza sobre as privatizações persiste. O estado de greve mantido pelos ferroviários sinaliza que novas mobilizações podem surgir, especialmente se a comissão tripartite não atender às demandas dos trabalhadores. Assim, 2025 promete ser um ano de desafios e negociações no transporte público paulista.
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A suspensão da greve CPTM 26/03 traz alívio aos usuários e mantém o foco na negociação entre trabalhadores e governo. Com o cptm agora operando normalmente, São Paulo evita o caos previsto para esta quarta-feira, mas o embate sobre a privatização das linhas 11, 12 e 13 está longe de terminar. A conciliação no TRT-2 e o estado de greve mostram que a luta por um transporte público de qualidade segue viva, enquanto o leilão de sexta-feira pode redefinir o futuro do trem na região. Por ora, os passageiros respiram aliviados, mas o diálogo continua sendo a chave para evitar novas paralisações em 2025.
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