18 de Março notas da Comunidade Chegam na Meta

Uma nova era na moderação de conteúdo

A partir de 18 de março de 2025, as plataformas da Meta, incluindo Facebook e Instagram, começam a testar um recurso inovador: as notas da comunidade. Anunciado por Mark Zuckerberg em janeiro, o sistema substitui a tradicional checagem de fatos por terceiros, marcando um divisor de águas na gestão de conteúdos nas redes sociais. Inicialmente restrito aos Estados Unidos, o projeto reflete uma mudança estratégica para priorizar a liberdade de expressão e a participação dos usuários.

Essa transição, confirmada pela Meta em 13 de março, ocorre após críticas ao modelo anterior, acusado de viés político e baixa eficácia. Assim, a empresa aposta em uma solução colaborativa, inspirada no sucesso do X, onde as notas da comunidade se destacam como a melhor opção para combater desinformação de forma democrática e escalável.

Como funcionam as notas da comunidade

As notas da comunidade permitem que usuários adicionem contexto ou correções a publicações no Facebook, Instagram e Threads. Para participar, é necessário ter mais de 18 anos e uma conta ativa há pelo menos seis meses. Cada nota, limitada a 500 caracteres, deve incluir links de suporte e será avaliada por outros usuários em um sistema de votação que considera diversidade de perspectivas.

Diferentemente do modelo anterior, as postagens sinalizadas não terão alcance reduzido nem serão penalizadas automaticamente. Esse mecanismo, baseado em um algoritmo de código aberto adaptado do X, foi elogiado por especialistas como uma forma mais transparente e menos centralizada de moderação. Em 2025, cerca de 200 mil americanos já se inscreveram para testar o recurso, demonstrando interesse significativo na iniciativa.

Por que as notas da comunidade são superiores

A decisão de Mark Zuckerberg de adotar as notas da comunidade reflete a constatação de que a checagem profissional por terceiros era limitada e, muitas vezes, enviesada. No X, esse sistema provou ser a melhor opção ao permitir que milhões de usuários, e não um pequeno grupo de verificadores, analisem conteúdos em tempo real, oferecendo escala e pluralidade que o modelo antigo não alcançava.

Além disso, as notas promovem um ambiente onde a “verdade” não é imposta por uma elite, mas construída coletivamente. Em testes realizados pelo X desde 2022, o recurso reduziu a disseminação de desinformação em 30%, segundo estudos independentes, enquanto aumentava o engajamento em 15%. A Meta espera replicar e aprimorar esses resultados, ajustando o algoritmo para suas plataformas.

Impacto no Facebook e Instagram

No Facebook, as notas serão exibidas abaixo de publicações, oferecendo contexto adicional sem interferir na visibilidade. Já no Instagram, elas aparecerão em formato compacto, adaptado ao design visual da plataforma. O Threads, por sua vez, terá integração direta com as notas, aproveitando sua natureza conversacional.

Embora o foco inicial seja os EUA, a Meta planeja expandir o recurso globalmente após a fase de testes, que deve durar até julho de 2025. Durante esse período, o sistema de checagem tradicional será mantido em outros países, como o Brasil, onde a moderação segue sob escrutínio de autoridades como o STF.

A visão de Zuckerberg para o futuro

Mark Zuckerberg defendeu a mudança como um retorno às “raízes” da empresa, priorizando a liberdade de expressão. Em seu anúncio de janeiro, ele criticou a censura excessiva e mencionou “tribunais secretos” na América Latina, uma possível alusão ao Brasil, embora sem provas. A estratégia também alinha a Meta a figuras como Donald Trump, que elogiou a iniciativa em 7 de janeiro, chamando-a de “impressionante”.

Por outro lado, críticos alertam para os riscos de desinformação sem moderação profissional. No entanto, a Meta argumenta que as notas da comunidade, ao empoderar os usuários, criam um sistema mais resiliente e confiável, superando as falhas de escala e viés do modelo antigo.

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