Construção do Viaduto em Hortolândia Será Concluída em 2025
Atualizado em , por devm.A obra do viaduto em Hortolândia, que cruza a linha férrea, avança e será entregue no segundo semestre de 2025, segundo a Rumo, aliviando o trânsito local.
Progresso da Obra do Viaduto de Hortolândia
A obra do viaduto em Hortolândia, localizada na região da Vila Real, segue em ritmo constante, conforme anunciado pela concessionária Rumo, responsável pela administração da malha ferroviária paulista. Iniciada em junho de 2024, a construção tem como objetivo principal eliminar os conflitos entre o tráfego rodoviário e a linha férrea de Hortolândia, um problema que há anos afeta a mobilidade urbana na cidade. A previsão de conclusão, mantida para o segundo semestre de 2025, reflete o cumprimento do cronograma estabelecido, trazendo alívio aos moradores que enfrentam congestionamentos diários, especialmente nos horários de pico.
A estrutura, que terá 240 metros de extensão e quatro pistas de rodagem (duas em cada sentido), está sendo erguida sobre a linha férrea que corta as avenidas Santana e São Francisco de Assis. Além disso, o projeto inclui a duplicação da Avenida Santana, uma das principais vias da cidade, e a ampliação de uma rotatória existente para suportar o aumento do fluxo de veículos. A Rumo informou que os trabalhos avançam dentro do planejado, com etapas como a fabricação de vigas de concreto e a preparação do terreno já em andamento desde o ano passado. Esse progresso é resultado de um investimento significativo, estimado em cerca de R$ 40 milhões, parte de um pacote mais amplo proposto ao Governo Federal para a renovação da concessão ferroviária por mais 30 anos.
Impacto na Mobilidade Urbana e na Vida dos Moradores
Para os moradores de Hortolândia, a obra de viaduto representa uma solução aguardada há décadas. O cruzamento da linha férrea com a Avenida Santana é um ponto crítico, onde o tráfego é frequentemente interrompido pela passagem de trens, gerando filas que podem durar até 40 minutos nos horários de maior movimento. Esse cenário não apenas causa transtornos diários, mas também aumenta o risco de acidentes entre veículos e composições ferroviárias, uma preocupação recorrente na região. Com a conclusão do viaduto, espera-se uma melhora significativa na fluidez do trânsito, conectando de forma mais eficiente duas áreas importantes da cidade: o Jardim Amanda e a Vila Real.

A Secretaria de Mobilidade Urbana de Hortolândia estima que aproximadamente 24 mil veículos circulem diariamente pelo trecho afetado. A nova estrutura, portanto, não só aliviará os congestionamentos, mas também contribuirá para o desenvolvimento urbano ao facilitar o acesso à Rodovia Anhanguera, uma das principais vias de ligação da Região Metropolitana de Campinas. Além disso, a obra promete reduzir a insegurança associada aos imóveis abandonados e deteriorados às margens da Avenida Santana, desapropriados para dar lugar ao projeto. Esses benefícios têm sido amplamente celebrados pela população, que vê na iniciativa uma conquista histórica para a cidade.
Parceria entre Prefeitura e Rumo na Execução do Projeto
A Prefeitura de Hortolândia desempenhou um papel essencial no avanço da obra, colaborando com a Rumo desde as etapas iniciais. Em 2023, a administração municipal aprovou o projeto executivo apresentado pela concessionária, após análise detalhada pelas secretarias de Planejamento Urbano, Obras e Mobilidade Urbana. No início de 2024, a prefeitura executou a demolição de seis imóveis comerciais desapropriados na área, uma etapa crucial para liberar o terreno. A limpeza do local foi concluída logo em seguida, e em abril do mesmo ano, o alvará de construção foi emitido, permitindo o início efetivo dos trabalhos.
A parceria entre o poder público e a iniciativa privada é um dos pilares do sucesso do projeto. A Rumo, por sua vez, assumiu a responsabilidade pela execução da obra como parte das contrapartidas exigidas para a renovação antecipada de sua concessão, assinada com o Governo Federal em 2020. Esse acordo, que estende o contrato até 2058, prevê investimentos totais de R$ 6 bilhões em melhorias na malha ferroviária paulista, beneficiando mais de 70 cidades. Em Hortolândia, além do viaduto da Vila Real, outras intervenções estão previstas, como a duplicação de trechos da ferrovia, reforçando a importância estratégica do município na logística regional.
Histórico e desafios superados para a realização da Obra
A luta pela construção do viaduto em Hortolândia remonta a mais de uma década. Já em 2009, a prefeitura iniciou desapropriações na área com o objetivo de viabilizar o projeto, enquanto negociava parcerias com o governo estadual. Em 2012, estudos de viabilidade técnica, financeira e ambiental foram encaminhados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), mas a obra não avançou na época. Foi somente em 2018 que a Rumo anunciou oficialmente sua intenção de priorizar a construção, inserindo-a no pacote de investimentos da renovação contratual. Mesmo assim, o início dos trabalhos enfrentou atrasos, gerando protestos de moradores em março de 2023, que cobraram agilidade diante das longas filas e dos riscos no trecho.
Um dos principais entraves foi a autorização do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) para a construção de uma ponte sobre o Ribeirão Jacuba, necessária para o projeto. Após a liberação, a Rumo finalizou os laudos e o projeto executivo, apresentado à prefeitura em agosto de 2023. Outro desafio foi o cronograma inicial, que previa o início das obras em janeiro de 2023 e a entrega no primeiro semestre de 2024. Embora esse prazo tenha sido ajustado, a concessionária garante que os 10 meses estimados para a conclusão, a partir de junho de 2024, serão suficientes para entregar a estrutura no segundo semestre de 2025, alinhando-se às expectativas da população e da administração municipal.
Etapas técnicas e benefícios a longo prazo
A construção do viaduto envolve diversas etapas técnicas que demonstram a complexidade do empreendimento. Desde o início, em junho de 2024, equipes realizaram sondagens no solo para mapear redes subterrâneas, como esgoto e águas pluviais, além de preparar o terreno com nivelamento e limpeza. A fabricação de 50 vigas de concreto, iniciada em outubro de 2024, é uma das fases mais críticas, exigindo cerca de dois a três meses para a cura do material. Essas vigas sustentarão a estrutura de 240 metros, projetada para suportar o tráfego intenso de veículos leves e pesados. A duplicação da Avenida Santana e a ampliação da rotatória também estão em andamento, garantindo a integração do viaduto ao sistema viário existente.
A longo prazo, os benefícios vão além da mobilidade. A obra deve impulsionar o desenvolvimento econômico de Hortolândia, atraindo investimentos e facilitando o escoamento de produtos pela malha ferroviária, administrada pela Rumo. A redução de acidentes no cruzamento da linha férrea é outro ganho significativo, considerando o histórico de colisões e atropelamentos na região. Para os pedestres, a estrutura oferecerá maior segurança, eliminando a necessidade de atravessar os trilhos. Esses impactos positivos reforçam a relevância do projeto como um marco na infraestrutura urbana da cidade, alinhado aos objetivos de sustentabilidade e qualidade de vida defendidos pela administração local.
Comparação com outras obras na região
A obra do viaduto de Hortolândia não é um caso isolado na Região Metropolitana de Campinas. Em outubro de 2024, o governador Tarcísio de Freitas visitou outro viaduto em construção, que conectará o Parque Bandeirantes, em Sumaré, ao Jardim Nova Europa, também em Hortolândia, com entrega prevista para fevereiro de 2025. Financiado pelo governo estadual com R$ 35,7 milhões, esse projeto de 225 metros de extensão tem objetivos semelhantes: melhorar a mobilidade e reduzir conflitos com a linha férrea. A diferença está na escala e no financiamento, já que a obra da Vila Real é conduzida pela iniciativa privada, enquanto a de Sumaré conta com recursos públicos.
Outras cidades, como Americana e Limeira, também estão recebendo investimentos da Rumo para duplicação de trechos ferroviários e construção de passarelas, como parte do mesmo pacote de concessão. Em Sumaré, por exemplo, o viaduto do Jardim Primavera foi entregue recentemente, em parceria com a concessionária, enquanto outros dois estão em planejamento. Esses projetos refletem uma tendência regional de modernização da infraestrutura, com foco na integração entre ferrovias e sistemas viários urbanos. Para Hortolândia, o viaduto da Vila Real se destaca como uma das intervenções mais aguardadas, dado seu impacto direto na vida de milhares de moradores.
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O avanço da obra do viaduto de Hortolândia marca um momento de transformação para a cidade, que há anos aguardava uma solução para os problemas causados pela linha férrea. Com a entrega prevista para o segundo semestre de 2025, a estrutura promete não apenas resolver questões imediatas de trânsito, mas também abrir caminho para um futuro de maior conectividade e segurança. A colaboração entre a prefeitura e a Rumo exemplifica como parcerias estratégicas podem gerar resultados concretos, beneficiando a população e fortalecendo a infraestrutura regional. Enquanto as vigas de concreto ganham forma e o terreno é preparado, os moradores acompanham com expectativa a concretização de um projeto que, mais do que uma obra física, representa um avanço para a qualidade de vida em Hortolândia.
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